Confesso que este final de semana foi um dos mais felizes de toda minha vida. Estava cheio dos compromissos, porém resolvi abrir mão de todos eles. Sei que parece irresponsabilidade de minha parte, mas foi inevitável. Fiquei tão eufório que me esqueci do meio de comunicação mais ágil que existe, o celular. Nesse final de semana minha vida parou e comecei a vê-la de um outro ângulo; com os olhos de minha mãe. Isso mesmo, depois de quase 18 anos sem conviver com minha mãe a encontrei novamente. Foi engraçado quando meu telefone tocou, e disseram: - Rogério? - Sim, ele mesmo. Meu coração acelerou porque era uma voz que nunca havia escutado falar ao meu ouvido. Relaxei e perguntei quem era. - Sou eu, sua tia, irmã de sua mãe. - Oi tia... E por ai foi. Só que de repente ela me dá uma das melhores notícias que eu poderia ouvir naquele dia. A de que minha mãe estava aqui, bem pertinho de mim. Não hesitei e disse logo que queria muito estar com ela naquele dia. Só que algo dentro de mim falava: - Como você é bobo, sua mãe te abandonou quando você era apenas um bebezinho e agora ela vem aqui e você feito idiota vai atrás dela. Para com isso, você sabe que não gosta dela. Vocês nunca se falaram antes e aposto que ela nem vai dar a você a atenção merecida - . Isso martelou em minha cabeça por uns instantes, porém, ignorei. Comprei refrigerante e fui, disposto, ao seu encontro. Quando a avistei, foi tão estranho. Ver ali na minha frente uma das pessoas que mais amo e não ter reação para abraçar ou, simplismente, pegar na mão. Abracei. Foi a primeira vez que senti seu abraço. Tão acalentador. Lágrimas? Não era para tanto. Fiquei em estado de encantamento por uns 15 minutos. Foi quando comecei com um interogatório sem fim.
Foi quando descobri que aquela mulher que eu sempre julguei como sendo a pior de todas, não era. Descoberta encantadora.
Como foi bom ouvir as palavras de minha mãe que dizia:
- Não, eu não te abandonei. Obrigaram-me a deixar você por um tempo e depois disso não consegui tê-lo de volta.
Eu queria não acreditar naquelas palavras, mas acreditei. Não só acreditei, dei a ela meu voto de confiança. Quis demonstrar que eu a havia perdoado e que daqui em diante as coisas seriam diferentes entre a gente. Mas nem deu tempo. Ela já se foi. Só que desta vez eu irei atras da mulher que tanto amo. A mãe do meu coração.
Foi quando descobri que aquela mulher que eu sempre julguei como sendo a pior de todas, não era. Descoberta encantadora.
Como foi bom ouvir as palavras de minha mãe que dizia:
- Não, eu não te abandonei. Obrigaram-me a deixar você por um tempo e depois disso não consegui tê-lo de volta.
Eu queria não acreditar naquelas palavras, mas acreditei. Não só acreditei, dei a ela meu voto de confiança. Quis demonstrar que eu a havia perdoado e que daqui em diante as coisas seriam diferentes entre a gente. Mas nem deu tempo. Ela já se foi. Só que desta vez eu irei atras da mulher que tanto amo. A mãe do meu coração.